Por Alberto de Avellar - Meus nobres leitores e seguidores de Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos, hoje despertei com o espírito renovado, reflexivo, quase filosofal — e, por que não dizer, poético.
Certa vez, um grande pensador afirmou:
“O Natal é o período da renovação da esperança, o momento em que, assim como os Três Reis Magos, testemunhamos o nascimento de um grande líder — aquele que mudaria o destino da humanidade. Somos todos protagonistas de uma jornada escrita por Deus; e, por sermos humanos e falhos, muitas vezes escolhemos atalhos errados. Ainda assim, Deus, em sua infinita misericórdia, sempre nos concede o direito de recomeçar.”
E foi exatamente isso que se viu no último 11 de dezembro, na Praça da Bíblia, em Simões Filho.
Mais de 10 mil pessoas — personagens vivos de uma história que clama por renovação — reuniram-se em busca de um Novo Tempo, distante dos velhos hábitos e das práticas que tanto castigaram esta terra.
Homens, mulheres, jovens e famílias inteiras, marcados pelas dificuldades do cotidiano, foram movidos pela esperança de dias melhores e pela expectativa de um novo líder capaz de conduzir a cidade por caminhos mais justos e humanos.
Esse número, é preciso dizer, não foi ainda maior única e exclusivamente pela ausência do transporte público. A falta de mobilidade urbana limita o direito constitucional de ir e vir do cidadão — direito este que é a pedra angular do desenvolvimento econômico e, sobretudo, social.
Em uma administração pública que reúne tantos quadros técnicos, como Guterney Nunes, Sargento Pinto (uma lenda viva entre os clandestinos) e Capitão Toinho que conhece como ninguém o Sistema de Transporte é Transito, experientes e profundamente conhecedores da história recente do sistema de transporte do município, é simplesmente inaceitável assistir ao caos instaurado por mera vontade política.
A solução é simples, formar como determina o PDDM Lei 995/2016 o "Conselho Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana", formado em sistema tripartite, reunindo estes e outros baluartes do Transporte em um único lugar, trabalhando por um bem maior "O povo de Simões Filho".
Aqui cabe lembrar o pensamento atribuído a Peter Wesley:
“É no caos que surgem os grandes investimentos e os maiores lucros.”
Que este período natalino, de renovação da fé e da esperança, sirva para que o homem que prega “Um Novo Tempo” se debruce, com coragem e responsabilidade, sobre o maior calo de sua gestão: o sistema de transporte público.
Sem transporte, a cidade não anda.
Se não anda, não avança.
E se não avança, inevitavelmente retrocede.
Simões Filho possui nomes capacitados, técnicos competentes e pessoas que conhecem como poucos a mobilidade urbana e a área de transportes. O que falta não é conhecimento — falta vontade política de ouvir, dialogar e agir, em vez de virar as costas para um problema que se agrava a cada dia.
Quanto a mim, sigo por aqui, aguardando o desfecho desta jornada escrita por Deus — o mesmo Deus que já me concedeu inúmeras oportunidades de recomeçar.
Porque, afinal, Natal também é isso: recomeço, esperança e coragem para mudar o rumo da história.
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