Por Alberto de Avellar – Muitos me criticam quando afirmo que “a cidade de Simões Filho se tornou icônica em absurdos na administração pública — aqui acontecem fatos que até o diabo duvida”. E olhe que há 8 anos e 11 meses o município é administrado por ditos “cristãos”.
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| EMPRESÁRIO GUTERNEY NUNES... |
Nesta série alarmante sobre geração de emprego e renda, somos obrigados a destacar a importância da mentalidade empreendedora no Sistema de Transporte e suas consequências, tendo em vista que o transporte coletivo é a base do direito de ir e vir do cidadão. Explanarei, a seguir, quatro exemplos cruciais de investimentos públicos no município que são diretamente afetados pela falta de um sistema de transporte eficiente — o qual se transformou num verdadeiro caos.
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MERCADO MUNICIPAL
Um empreendimento de mais de 17 milhões de reais, localizado na área central do município. Uma obra faraônica que deveria gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos, mas que se tornou um verdadeiro “elefante branco” no coração pulsante da cidade.
Principal motivo: falta de clientela.
Razão: não existe transporte público que traga consumidores dos bairros afastados até o empreendimento.
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TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO
Este é o suprassumo dos absurdos. Estudantes universitários paralisaram a cidade por mais de dois meses reivindicando seu direito ao transporte gratuito, conforme o Estatuto da Juventude. Em um passe de mágica, resolveram abrir uma licitação emergencial para calar a voz dos universitários, contratando quatro empresas para os roteiros entre o pátio da prefeitura e as universidades nas cidades vizinhas, pela bagatela de 17 milhões de reais, para atender cerca de 1.800 alunos.
Moral da história: quando os estudantes chegam ou saem do pátio da prefeitura, não têm transporte público para voltar às suas casas, muitas vezes localizadas em bairros distantes.
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TERMINAL RODOVIÁRIO
Esta é uma piada de mau gosto. Há mais de dois anos a população ouve falar da construção da rodoviária de Simões Filho, às margens da BR-324, com investimento de mais de 22 milhões de reais. Já foram gastos mais de 7 milhões apenas com remoção de terra e terraplanagem.
Pergunta: para que construir um terminal rodoviário se o município não tem transporte público? Ônibus, até mesmo do sistema metropolitano, viraram conto de fadas.
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AVENIDA JOSÉ TRINDADE
A avenida liga a Via Universitária a Simões Filho 1, com aproximadamente 2,5 km de extensão e custo superior a 14 milhões de reais. Não completou 11 meses de inaugurada e já se dissolveu como sonrisal. O mais curioso: possui diversos pontos de ônibus feitos com material de primeira linha — tubulação de inox e placas de blindex.
Pasme: na Avenida José Trindade nunca passou um ônibus sequer, porque não existe transporte público no município.
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INVESTIMENTO NO SISTEMA DE TRANSPORTE
Vocês, meus caros leitores, hão de concordar que solucionar o problema do transporte público em Simões Filho seria algo simples, se houvesse vontade política.
Bastaria adquirir uma frota regular de 100 veículos novos, com bilhetagem eletrônica, passes gratuitos para universitários e horários fixos atendendo tanto o transporte intramunicipal quanto o metropolitano.
A Lei Federal nº 13.683/2018 determina que a responsabilidade pelo sistema de transporte metropolitano entre cidades limítrofes é dos municípios, e não mais do Estado da Bahia.
Para isso acontecer, bastaria estancar os escandalosos desvios de verbas públicas já mencionados acima.
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GUTERNEY NUNES
É claro que, para gerir uma engrenagem tão importante de desenvolvimento rumo a um “Novo Tempo”, é necessário um maestro capacitado, qualificado e experiente.
E ninguém mais preparado que Guterney Nunes, um verdadeiro baluarte do Sistema de Transporte, que construiu toda sua trajetória profissional na área há mais de 20 anos.
Formado em Direito, empreendedor e comprometido com o desenvolvimento do município, Guterney jamais foi testado pela gestão municipal na área de transporte público.
Ironia do destino: hoje é Chefe de Gabinete da Secretaria de Ordem Pública.
É brincadeira… Enquanto o município vive um caos total no transporte público, não há um filho de Deus disposto a apresentar uma solução, enquanto o povo continua a sofrer.

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