Por Alberto de Avellar - Dizem que toda cidade tem seus mitos. Simões Filho, a icônica terra dos absurdos, resolveu inovar e criou um novo: o rompimento que todo mundo anuncia, mas ninguém consegue provar.
Nas redes sociais, Wellington Rosário foi direto, sem floreio e sem maquiagem: não acredita nesse rompimento entre Del e Dinha. E, convenhamos, desconfiar em Simões Filho virou sinônimo de lucidez. Aqui, rompimento político costuma ser igual promessa de final de ano: cheia de fogos, mas sem entrega.
Del até ensaia cara de quem governa, discursa como gestor moderno, fala em metas, resultados e responsabilidade… mas quando a cortina se abre, o elenco continua o mesmo. Saúde, Educação, Fazenda, Obras, Administração, Esporte, Jurídico… tudo ocupado por peças que não jogam para o time do prefeito, mas sim para o casal de vampiros, que suga a energia da máquina pública enquanto Del pisa em ovos, com medo de explodir o próprio governo.
Wellington Rosário acertou no alvo: quem governa amarrado não governa, administra a própria sobrevivência. O tal rompimento virou um cordão umbilical invisível — ninguém corta, ninguém assume, mas todo mundo sente o peso.
E não é novidade. Del concordou com esse arranjo quando aceitou o pacote fechado, com direito a sabotagem interna e freio de mão puxado. Agora, pagar de surpreendido não cola. Em política, ingenuidade também é escolha.
Se quisesse mesmo romper, o caminho estaria claro: trocar peças, estabelecer metas reais, cobrar resultados, colocar gente de confiança e parar de governar sob chantagem emocional e política. Mas isso exige coragem — artigo raro no mercado local.
Por enquanto, o rompimento segue como aquele amor tóxico que termina toda semana, mas volta na segunda-feira. Wellington Rosário apenas verbalizou o que o povo já comenta na esquina, no WhatsApp e na rádio peão: esse divórcio nunca foi registrado em cartório.
E assim segue Simões Filho: com um governo que promete ruptura, mas dorme de conchinha com o passado. Afinal, por aqui, até o rompimento precisa de autorização.
Enfim… humilde opinião.

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