Por Alberto de Avellar- Minhas crianças inocentes da já consagrada Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos, chegamos ao penúltimo capítulo desta novela sem fim. E, como não poderia deixar de ser, o Poder Legislativo resolveu encerrar o ano de 2025 em grande estilo — estilo “Roma Antiga, Pão e Circo”, claro, porque inovação por aqui só se for pra pior.
Depois de um primeiro ano legislativo pós-pleito 2024 marcado pela montanha-russa da AIJE – Cota de Gênero, onde a famosa Súmula 073 tinha tudo para cassar 9 dos 17 vereadores, mas que acabou, no mais puro estilo simõesfilhense, em um majestoso “IMPROCEDENTE / ARQUIVADO”, nossos nobres parlamentares seguem mais soltis e livres que pardal em fio de alta tensão dos gatos Minha Casa Minha dívida.
E como bons artistas do espetáculo que transformaram a Câmara Municipal na Vasa do Amém, é claro que precisavam fechar 2025 com chave de ouro — ouro maciço, 24 quilates e pago com o suor do povo, evidentemente.
Segundo a planilha da alegria, os edis deverão votar o aumento de suas “verbas compensatórias de atividades parlamentares”, aquele mimo que sempre aparece nesmo quando a cidade está no fundo do poço.
Enquanto Simões Filho enfrenta a maior crise político-econômica e social de sua história, a famosa “Câmara do Amém”, cantada em verso, prosa e meme, prefere encenar mais um espetáculo circense de gosto duvidoso:
“Farinha pouca, meu pirão primeiro — e o povo que se exploda.”
No palco do Legislativo, meus amores, ninguém solta a mão de ninguém…
Principalmente quando a mão está segurando o contracheque.
E assim seguimos para 2026, lembrando que sessão na “Casa que deveria ser do Povo” só depois do Carnaval, em 22 de fevereiro de 2026. Até lá, não esperem nada além de discursos decorados, fotos em redes sociais e muito, mas muito silêncio administrativo.
Afinal, nesta cidade icônica dos absurdos, a folga é sagrada — e o contribuinte, profano.
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