Por Alberto de Avellar- Aos meus atentos leitores de Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos.... - Pasmem, minhas inocentes crianças.
Nossa deputada Kátia Oliveira — que se autointitula “100% simões-filhense” — na prática é tão forasteira quanto eu, que ainda carrego o título honorífico de “Rei dos Clandestinos”. Mesmo assim, durante oito longos anos, Katia Oliveira ostentou o posto de Primeira-Dama mais amada do Brasil, com direito a voz rouca, discurso ensaiado e palanque garantido na Bahia.
Em sua trajetória política, um título ninguém lhe tira: o Projeto Jovem Vereador. Embora, convenhamos, o projeto tenha sido muito mais uma “ponga política” em cima de Matheus Barcelar, quando este recebeu o título de Jovem Senador, das mãos da então presidenta Dilma Rousseff — episódio que acompanhei de perto desde sua primeira edição.
E como era previsível, no encerramento da edição 2025 do Jovem Vereador, realizado no último 11 de dezembro, na Casa Legislativa, a deputada não perderia a chance de brilhar. Lá estava ela, frente aos holofotes da fama, microfone em uma mão, celular na outra, lendo textos enviados pela assessoria de imprensa, protagonizando mais um espetáculo hollywoodiano, recheado de pompa, frases feitas e muita encenação.
Mas desta vez, o bicho pegou.
A deputada, ao que tudo indica, sequer foi informada do calote institucionalizado deixado por seu digníssimo esposo dentro da chamada “Arca da Aliança” — a verdadeira Herança Maldita que não poupou nem os Jovens Vereadores.
O calote é simples de entender, até para quem matou aula de matemática:
Cada um dos 17 Jovens Vereadores deveria receber R$ 704,00 mensais, por meio de contrato. No entanto, na famosa partilha das “rachadinhas”, a molecada ficava com apenas R$ 304,00. O caso veio à tona após denúncia do Jovem Vereador Ruam. E como represália, até o pai do rapaz, conhecido como “Pitbull”, foi afastado e retirado da folha de pagamento.
E agora, minhas inocentes crianças legisladoras, com o fim da edição 2025 do projeto, o cenário é digno de série policial de baixo orçamento:
A deputada como Estrela Cadente, o marido — apontado como mandante da zorra total — sob investigação, e o Homem do “Novo Tempo” equilibrando-se na corda bamba entre romper ou continuar rachando.
Podem ter certeza de uma coisa:
Essa teteia desta rachaDinha dos Jovens Vereadores de 2025, não some assim tão fácil.
Vai para o caixa dois…
Ou será caixa três, quatro, vinte e dois… ou duzentos e trinta e três?
Em Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos, nada se perde — tudo se multiplica.

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