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TRANSPORTE : UM NOVO TEMPO COM VELHOS HÁBITOS...



Por Alberto de Avellar — Como venho alertando nesta série de matérias, a cidade de Simões Filho, Bahia, é sem sombra de dúvida icônica em absurdos quando se trata de políticas públicas — especialmente no comportamento dos homens públicos, que deveriam representar os interesses do povo, mas que, na prática, atuam de maneira corporativista para proteger seus próprios interesses.

VEREADOR JAJAI  - Presidente Comissão de Justiça. 


O Sistema de Transporte Público é, mundialmente, uma das maiores preocupações estruturais, por ser uma política pública basilar, essencial e estratégica. Sem transporte de massa eficiente, as cidades param — e não há desenvolvimento possível. Segurança, Saúde, Educação, Infraestrutura, Comércio, Indústria e qualquer setor que dependa de trabalhadores ou consumidores é diretamente impactado pela existência (ou ausência) de um sistema de mobilidade funcional..




É evidente que, em um município que ostenta a 7ª maior arrecadação do Estado da Bahia, com cerca de 140 mil habitantes espalhados por 197 km², localizado no principal eixo da Região Metropolitana de Salvador, falar em “Novo Tempo” sem resolver o transporte público — que simplesmente não existe — é humanamente impossível. E, para uma análise consistente, é necessário retornar à raiz da problemática.

A interferência no PPA e o paradoxo político.

Na primeira votação do PPA, na Casa Legislativa, o vereador Jajai literalmente interrompeu a sessão exigindo uma emenda que incluísse subsídios financeiros para o Sistema de Transporte. O pedido, claro, foi atendido — afinal, entre 2021 e 2024 o próprio vereador foi Secretário de Mobilidade Urbana e, portanto, conhecedor profundo da realidade (e do caos) do transporte em Simões Filho.

Mas antes de entender o “Novo Tempo”, é necessário relembrar o passado desse protagonista.

2015 — A lei considerada sandice jurídica..

Em 2015, enquanto Presidente da Comissão de Justiça do Legislativo, Jajai foi responsável pela maior sandice legislativa já vista na cidade ao permitir a aprovação da Lei 991 — “Combate ao Transporte Clandestino”.
A legislação foi considerada pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário uma afronta à Constituição Federal, ao Princípio da Dignidade Humana e à Súmula 510 do STJ, levando pais e mães de família à prisão e tendo seus bens confiscados pela 22ª Delegacia.
O resultado? A exoneração do Delegado Titular da unidade.

2018 — A promessa de modernidade

Em 2018, Jajai era Presidente da Comissão de Transporte do Legislativo. Nesse mesmo período, a antiga Lei Municipal 536/95 foi revisada e substituída pela moderna Lei 1.048/2018, que prometia a legalização completa do Sistema de Transporte — incluindo os conhecidos “ligeirinhos”.

Promessa que, como a população sabe bem, jamais saiu do papel.

2021 — O caos institucionalizado...

Ao assumir a Secretaria de Mobilidade Urbana no governo Diógenes Tolentino (Dinha), Jajai deixou sua marca definitiva:
um município inteiro sem transporte público funcional.

É só andar pelas ruas para constatar.

Quanto aos “ligeirinhos”, a situação é ainda mais irônica:
ao invés de serem legalizados conforme determina o CTB (Lei 9.503/95), receberam apenas uma faixa improvisada escrita “Táxi Lotação Comunitário”.

E, em dias de blitz, fogem da polícia mais do que o diabo foge da cruz.

Outro episódio digno de nota:
em processo administrativo no Ministério Público (3ª Promotoria de Cidadania) sobre transporte, Jajai declarou que a Lei Federal 13.683/2018 — Plano Nacional de Mobilidade Metropolitana — não existia, afirmando que era “coisa da cabeça do denunciante”.

2024 — O vereador e o próprio passado...

Eleito vereador, Jajai assumiu a 1ª Secretaria da Mesa Diretora.
Na votação do PPA, interrompeu a sessão para exigir subsídios municipais ao Sistema de Transporte — apresentando, inclusive, valores que deveriam ser repassados pelo Ministério da Mobilidade Urbana com base justamente na lei que ele disse ao MP que “não existia”.

Foi um espetáculo de “jogar para a galera”, tentando inverter o roteiro:
o responsável por não ter apresentado o Plano Diretor de Transporte de Simões Filho na Assembleia Legislativa da Bahia, dentro do prazo estipulado pela Lei 13.683/2018, agora posa de defensor do transporte público.

Nota ao leitor...

Todas as informações e alegações aqui apresentadas estão respaldadas por documentos oficiais, evitando assim debates improdutivos e, principalmente, acusações infundadas de Fake News.

Conclusão — Para um Novo Tempo, é preciso romper com os velhos hábitos

É inegável: para se construir um verdadeiro Novo Tempo em Simões Filho, é preciso apagar definitivamente o passado sombrio, especialmente no campo da mobilidade urbana — onde decisões equivocadas, omissões e falhas sucessivas mergulharam o município num atraso histórico que compromete o presente e ameaça o futuro.

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