Durante toda a campanha da chapa Del/Simone, a população de Simões Filho foi apresentada a uma suposta união sólida, vendida como o futuro de continuidade ao legado do ex-prefeito Diógenes Tolentino, o Dinha. A propaganda era clara: “um novo governo, com diálogo e participação popular na política”. O que não se disse — mas o povo já começa a perceber — é que, na prática, Dinha é Del e Del é Dinha.
O governo do continuísmo já se instalou, e a propaganda de mudança não passou de mais uma peça publicitária para enganar o eleitor. Basta olhar os contratos: a empresa de transporte escolar continua a mesma, a fornecedora da merenda é a mesma, os contratos de obras e manutenção de prédios públicos seguem intocados. Tudo operado pelos mesmos articuladores de sempre, ligados tanto ao ex como ao atual prefeito.
As figuras de Alan e Janieilce, velhas conhecidas da máquina, permanecem firmes na administração. A vice-prefeita, Simone Costa, também já transitou em todos os governos anteriores, mantendo vivos os afilhados políticos do ex-prefeito e da deputada estadual Kátia Oliveira. Pior: há denúncias de que muitos desses cargos são ocupados por verdadeiros “fantasmas”, apoiadores da deputada de outros municípios, que sequer colocam os pés em Simões Filho.
No Hospital Municipal, o milionário contrato da Fabamed segue sendo administrado por Iridan Brasileiro, apelidada de “Rainha da Sucata”, alvo constante de denúncias do vereador Genivaldo Lima, o Geninho, que levou o caso de supostos desvios de recursos ao Ministério Público Federal. Na Seinfra, o comando continua com Gabriel — “de anjo não tem nada” — homem de confiança indicado pelo ex-prefeito. Ali também sobrevive o maior símbolo do descaso com o dinheiro público: a rodoviária fantasma, que deveria ter sido inaugurada em maio, mas onde não existe absolutamente nada, apesar de já terem sido pagos mais de R$ 6 milhões.
A dúvida que muitos tentam plantar é se Simone Costa, a vice, estaria “travada” por Del. Mas a verdade é que esse discurso serve como cortina de fumaça para esconder a realidade: o mesmo grupo político segue mandando e desmandando, controlando cargos, contratos e favores.
A população precisa abrir os olhos: a propaganda enganosa continua fazendo vítimas todos os dias — no hospital sem médicos, nas escolas sem merenda, no transporte sucateado e nas obras inexistentes. O povo é que paga a conta.
E como a história já ensinou: governos que se apoiam na mentira e no continuísmo, cedo ou tarde, se desmoronam. O que resta à população de Simões Filho é tirar suas próprias conclusões: será que Dinha, Del, Simone e Katia Oliveira são diferentes — ou são todos a mesma coisa?
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