Por Alberto de Avellar...18 de agosto 2025.
Abro esta crônica com um lembrete ... E que não se fale em Fake News. Esta matéria não dá nomes ou tem fotos — por enquanto. Mas se duvidarem, os nomes estão guardados, assim como as cópias da folha de pagamento que comprovam cada um dos beneficiários dessa mamata, inclusive os 53 personagens nomeados no extremo sul da Bahia para garantir votos para a Deputada Katia Oliveira.
Em Simões Filho, enquanto o povo sofre com saúde precária, escolas abandonadas e ruas esburacadas, há quem transforme o serviço público em trampolim para enriquecer às custas do erário.
Basta olhar em volta para perceber: vizinhos que aumentam o tom de voz em suas orações sabem bem o risco de “secar a mamata”. E a mamata é grande.
Um exemplo gritante: integrante de uma família que, no governo anterior, aparecia na Secretaria de Educação apenas às quartas-feiras. Hoje, continua como coordenadora, mas sequer pisa no local de trabalho. Nem um dia no mês. Afinal, quem precisa bater ponto quando a prioridade é passear pelos pontos turísticos do Brasil e até da Europa? O resultado? Patrimônio de dar inveja: imóveis de alto padrão em Lauro de Freitas, enquanto o esposo acumula casas e apartamentos de aluguel.
Não para por aí. Há também quem se autoproclame pastor e, ao mesmo tempo, apareça como funcionário da Secretaria de Saúde do município e de uma empresa privada. Na prática, um típico funcionário fantasma pago com dinheiro público. Ao ser confrontado, ouviu o alerta: “Você, como pastor que lidera um templo com 150 fiéis, conhece a Palavra de Cristo e, ainda assim, pratica o pecado sem perdão. Esse é o verdadeiro pecado da blasfêmia: conhecer a Palavra e não cumpri-la.”
E a farra não é de hoje. No governo passado, até funcionário da prefeitura foi flagrado prestando serviço particular em obra do condomínio Taboca, na praia de Tubarão, anexo ao Periperi, obra do assessor parlamentar ligado à então primeira-dama, hoje deputada estadual. O detalhe: além do peculato, o crime se encaixa em prevaricação (art. 319 do Código Penal).
E pensar que só no meu entorno já identifiquei cinco funcionários fantasmas. Imagine multiplicar isso por todas as secretarias, repartições e cargos de confiança. É um exército de parasitas do dinheiro público. E ainda há os “funcionários ociosos”, aqueles que vão apenas para fofocar e marcar presença, como se o contracheque fosse prêmio e não dever.
Enquanto isso, falta merenda nas escolas, médicos nos postos, medicamentos na farmácia popular e dignidade nas ruas. A conta, como sempre, sobra para o povo.
Até quando Simões Filho será refém dos fantasmas, da corrupção e da hipocrisia de quem prega uma coisa e pratica outra?
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