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ITUS RAMOS ROMPE ACORDO E DESAFIA DEL !!!



Por Alberto de Avellar -  Durante uma confraternização política, com ampla presença da imprensa local, o presidente da Câmara Municipal de Simões Filho, Itus Ramos, declarou publicamente que é candidato à reeleição da presidência da Casa Legislativa. 



A fala, aparentemente simples, caiu como uma bomba no tabuleiro político da cidade.


A declaração expõe, de forma inequívoca, o rompimento de um acordo político firmado no início da legislatura, quando Itus foi indicado à presidência com o compromisso de que, após dois anos, faria a transição do comando da Câmara para outro vereador do grupo.


O ACORDO QUE NÃO SE CUMPRIU...

Nos bastidores, o acordo sempre foi tratado como parte de uma engenharia política articulada pelo então ex-prefeito Diógenes Tolentino, o conhecido Dinha, que mesmo fora do cargo mantém forte influência sobre o Legislativo e boa parte da estrutura política do município.

A não entrega da presidência levanta questionamentos inevitáveis:

Itus rompeu por decisão própria?

Age sob orientação direta de Dinha e da deputada estadual Kátia Oliveira?

Ou estaria reproduzindo o mesmo modelo de concentração de poder e interesses que marcou o grupo político ao qual sempre esteve ligado?


ROMPIMENTO COM DEL: POLÍTICO, NÃO PESSOAL

Embora Itus tenha confirmado o rompimento político com o atual prefeito Devaldo Soares, conhecido como Del, ele fez questão de afirmar que a amizade pessoal permanece.

Na prática, porém, a política não se faz de gestos simbólicos, mas de posições concretas.

O rompimento evidencia que Del perde, ao menos momentaneamente, o controle sobre a Câmara, tornando-se refém de um Legislativo que pode:

dificultar votações estratégicas,

impor derrotas políticas,

ou servir de instrumento para disputas internas do grupo que domina a cidade há anos.


A SOMBRA DE DINHA E O JOGO DE 2026

A decisão de Itus reacende a guerra fria — agora cada vez mais quente — entre Del e Dinha.

Se por um lado Del tenta se firmar como prefeito de fato, com identidade própria, por outro Dinha demonstra que ainda dita regras, articula movimentos e influencia decisões cruciais.

A manutenção de Itus no comando da Câmara interessa a quem?

Ao projeto de estabilidade institucional?

Ou à manutenção de um sistema de poder concentrado, onde acordos só valem enquanto favorecem um grupo específico?


2026: UM ANO DE RUPTURAS

O anúncio de Itus não é um fato isolado. Ele sinaliza mudanças profundas no cenário político de Simões Filho para 2026:

alianças podem ruir,

novos blocos podem surgir,

e a população começa a perceber que o discurso de renovação ainda esbarra em práticas antigas.

O que se desenha é um novo capítulo da disputa Del × Dinha, agora com Itus ocupando papel central — seja como protagonista autônomo, seja como peça estratégica de um tabuleiro já conhecido.


CONCLUSÃO

Mais do que uma simples candidatura à reeleição da presidência da Câmara, a fala de Itus Ramos revela:

a fragilidade dos acordos políticos locais,

a permanência de velhas práticas,

e a antecipação de um 2026 marcado por conflitos, disputas internas e redefinição de forças.

Resta saber se o eleitor e a sociedade de Simões Filho continuarão apenas assistindo ao espetáculo — ou se cobrarão, de fato, coerência, transparência e compromisso com o interesse público.

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