Por Alberto de Avellar- Meus nobres pensadores de Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos, vocês vão concordar comigo que o ex-prefeito Dinha realmente é um verdadeiro camaleão: muda de cor conforme a sua necessidade política.
Até o último sábado, a cidade — e principalmente os políticos — corriam de Dinha como o diabo da cruz. O que ecoava nos bastidores era o som alto e claro de um suposto rompimento com o atual prefeito Del do Cristo Rei.
Porém, no domingo (14), tudo mudou. Aconteceu a famosa Corrida Solidária de Kátia, que, segundo os sites alinhados ao sistema — aqueles que precisam garantir o chocotone de Natal — reuniu mais de 10 mil pessoas. Na prática, era gente literalmente “correndo atrás” de Dinha, acompanhada de alguns pesos pesados do União Brasil. Entre eles, ACM Neto e Paulo Azi, os caciques do poderoso grupo político de Dinha e Kátia, que desembarcaram em Simões Filho para, digamos assim, “colocar ordem na Casa de Noca”, completamente dividida.
E não deu outra. O pequeno gigante do Cristo Rei teve que se render à pressão. Ou se calava, ou todos nós sabemos onde iria parar essa história da chamada “Herança Maldita”.
Após esse verdadeiro espetáculo hollywoodiano — digno de uma Maratona de São Silvestre versão simõesfilhense — os caciques pegaram seus jatinhos particulares e foram embora com uma certeza absoluta: Dinha, o Homem Camaleão, o pop star da política local, voltou aos holofotes da fama. Enquanto isso, Del vai pensar duas, três ou mais vezes antes de ousar colocar em prática a tão falada e sonhada reforma administrativa, cantada em versos e prosas pela população.
Outro detalhe que marcou esse Domingão do Dindinha: no próprio domingo (14), às 23h59, encerrava-se o prazo de três dias concedido pelo TRE-BA para a interposição do Recurso Especial da fatídica série “Abuso de Poder”. E, pelo que tudo indica, até o PSD resolveu correr de Dinha. Com esse desfecho, ele sai mais livre do que “pardal em cima de fio de alta tensão”, enquanto Del e Simone Costa seguem no comando da cidade até 2028.
E euzinho sigo por cá…
Olhando o mar pegar fogo para comer tubarão frito. Com um detalhe: se me chamar, eu vou. Afinal de contas, meio-dia dá na casa de todos.

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