Por Alberto de Avellar – Existe um dito popular: “Não se joga barro na parede de taipa em dias de chuva.” E é exatamente assim que funciona a mídia publicitária política em tempos de tempestade: se tentar jogar o barro, ele não vai colar.
Analise comigo…
Na semana que passou, o ex-prefeito Diógenes Tolentino Oliveira (Dinha) resolveu, mais uma vez, testar sua velha tática de marketing político e começou a lançar barro para todos os lados, na tentativa de construir seu retorno triunfal aos holofotes da fama e do poder como suposto pré-candidato a deputado estadual. E, como sempre, fez isso atropelando quem estivesse pela frente — inclusive sua própria esposa, a deputada Kátia Oliveira, conhecida como “a voz rouca da Bahia”.
É lógico que a grande mídia tratou de transformar o movimento em um megaevento, afinal, gostem ou não dele, Dinha se consolidou como uma “lenda viva” na política de Simões Filho. Para muitos, é o maior estrategista político da última década. E aqui faço um adendo irônico, porém verdadeiro: “Dinha tira leite de pedra.” Basta o eleitor deixar ele pegar na orelha ou colocar a mão na cabeça… pronto! A lavagem cerebral está feita. Um verdadeiro Milagreiro da Política Municipal S/A.
Mas, convenientemente, muitos parecem querer esquecer a tempestade que está longe de passar: o AIJE da Cota de Gênero e o processo de Abuso de Poder, nos quais Dinha figura como réu e principal articulador da fraude eleitoral do pleito de outubro de 2024.
E não adianta espernear: o STE determinou que todo o estoque de processos eleitorais de 2024 seja julgado até 7 de dezembro de 2025, porque em 2026 o Brasil entra em novo ciclo eleitoral. A Justiça Eleitoral, sabendo do aperto no calendário, começou a correr contra o tempo.
Só para lembrar:
– A Cota de Gênero está em Brasília, nas mãos da Ministra do STE;
– O Abuso de Poder já foi acatado pelo Procurador-Geral do TRE-BA.
Mesmo assim, surgem os Zé Aruelas da vida — especialistas formados em “Direito Constitucional” na Universidade Federal do WhatsApp, com pós-graduação em vídeos de baixíssimo nível moral — para garantir que o melhor para Simões Filho seria “jogar barro na parede de taipa em dia de temporal… e trazer Dinha de volta ao poder”.
Ah, o surrealismo simõesfilhense… Dalí aplaudiria de pé.
E o mais extraordinário de tudo é que, mesmo com todos os escândalos envolvendo corrupção, desvio de verbas, contratos suspeitos e formação de quadrilha, o próprio Dinha realmente acredita que ainda tem chances reais de retornar ao protagonismo político — e, quem sabe, em 2028, lançar a esposa Kátia Oliveira como candidata a prefeita, tentando perpetuar o ciclo familiar no poder.
Se isso não é jogar barro na parede molhada em plena tempestade… eu não sei mais o que é.

0 Comentários