Por Alberto de Avellar — Já é dezembro, o último mês do ano, aquele que antecede as festividades natalinas — período em que tudo, teoricamente, é paz e amor. Pelo menos durante o Natal, valores como solidariedade, compaixão e fraternidade deveriam se perpetuar com a chegada do novo ano. Desiste
Mas a coisa não é bem assim quando o assunto é política e poder.
E isso não acontece apenas em Simões Filho — a já tradicional cidade icônica dos absurdos — mas no Brasil inteiro, para não dizer no mundo todo. Sempre existem aqueles que querem o “poder” a qualquer custo. E, ironicamente, nos países ditos “democráticos”, a coisa costuma ser ainda pior: o povo, de onde emana o poder através do voto, é justamente quem mais sofre, usado como massa de manobra na hora de eleger seus representantes — representantes esses que, muitas vezes, só têm um objetivo: usar o povo para chegar ao poder.
Para que esse projeto funcione, os tais “homens bons”, travestidos de cordeiros mas que, na verdade, são lobos ferozes sedentos de comando, estruturaram uma rede digna das mais sombrias teorias da conspiração. Essa engrenagem se chama: grupos políticos.
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O primeiro grupo: as arraias miúdas...
São as pititingas da política.
Apesar de parecerem pequenas, são peças fundamentais na cadeia alimentar dos tubarões. São eles que entram nas vielas, becos e favelas garimpando voto.
Aqui entram:
• cabos eleitorais,
• líderes comunitários,
• influenciadores digitais,
• religiosos,
• e qualquer um que exerça poder de convencimento sobre a comunidade.
Até os conhecidos integrantes das cabines do ódio têm seu valor — são eles que, através de ameaças, calúnias e difamações, tentam calar a militância seja da situacao ou da oposição e silenciar qualquer um que ouse contrariar o “ungido” que almeja o poder.
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O segundo grupo: os controladores do tabuleiro da política...
É a turma que aspira chegar ao poder por meio do voto em cargos iniciais:
vereador, prefeito, vice-prefeito, deputado estadual…
Eles são a primeira linha de comando.
É sua função controlar as arraias miúdas, fazê-las trabalhar de sol a sol, 365 dias por ano, 24 horas por dia, para garantir sua permanência no jogo político.
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O terceiro grupo: a elite dos poderosos...
O último nível — e o mais seletivo.
É composto pela nata da política nacional:
• Deputados Federais
• Governadores
• Senadores
• Presidente da República
Aqui se decide o futuro do país.
E, daí para cima, nomeiam-se ministros, inclusive os dos tribunais superiores. As influências chegam até organismos internacionais como a ONU, que definem rumos da própria humanidade.
E, mesmo assim, essa elite jamais chegaria a lugar algum sem os Zés e Marias Aruelas deste país — justamente aqueles que, paradoxalmente, mais são esmagados pela sanha de poder desses grupos.
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Mas existe um detalhe que pode desmontar todo esse esquema…
Todo esse aparato político — digno de roteiros de filmes e séries internacionais, merecedor de prêmios hollywoodianos de manipulação — simplesmente não funciona quando o povo, o verdadeiro dono do poder:
• vota com dignidade;
• pensa no coletivo;
• lembra do irmão da favela que sofre na fila da fome, do desemprego, da falta de medicamentos;
• exige educação, transporte, infraestrutura;
• não vende seu voto por migalhas.
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2026 está chegando ano de eleição...
Vote legal, vote limpo, vote consciente.
Não coloque de volta ao poder aqueles que já provaram ser imorais, que já destruíram parte do Brasil varonil.
Afinal, somos brasileiros — e não desistimos nunca da Liberdade inclusive de expressão, sonhamos com a ampla participação popular na vida pública em todos os níveis do Poder que emana do povo, para o povo, pelo povo.

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