Por Alberto de Avellar — Ser cronista político em Simões Filho, a cidade icônica dos absurdos, é quase o mesmo que ser roteirista das séries mais impagáveis da Netflix Simõesfilhense. Porque, nestas bandas, meus amigos, acontece de tudo — e mais um pouco.
Desta vez, até o famoso “Alô Juca” resolveu viajar na maionese da já fragilizada Guarda Municipal, protagonizando um episódio digno dos maiores espetáculos hollywoodianos. Como todo politiqueiro de quinta categoria, não aceita — de maneira alguma — que nossos Guerreiros da Guarda Municipal possuem, sim, poder de polícia dentro do território municipal, conforme determina a lei. E, por não aceitar, tentam fazer o que querem, como querem e quando querem.
Enquanto isso, parte da imprensa marrom e sensacionalista comemora, distorce fatos, apoia arruaças e tenta — mais uma vez — “abafar o caso” no velho esquema da conveniência política misturada com dinheiro público.
Após assistir ao vídeo do ocorrido, que viralizou nas redes sociais, solicitei ao GM Gilson, o Destemido — figura conhecida no município pelas suas atuações firmes na defesa da ordem pública — sua versão do fato, registrada na ocorrência oficial apresentada aos seus superiores.
OCORRÊNCIA REGISTRADA (transcrita na íntegra)
*“Venho, por meio deste, relatar os fatos ocorridos no dia 25/11. Estávamos na Secretaria de Assistência Social, meu parceiro e eu, parados em frente à lanchonete com a viatura da GCM. De repente, surgiu uma pessoa nervosa, esculhambando os agentes devido ao veículo estar ocupando uma das vias. A pessoa começou a usar expressões de baixo calão, dizendo: ‘Tire a merda da viatura da pista’, e passou a chamar os dois guardas de ‘vagabundos’. Após isso, o cidadão foi embora.
Cerca de cinco minutos depois, o mesmo indivíduo retornou filmando o local e apresentou comportamento ainda mais agressivo, desacatando novamente os dois guardas, repetindo ofensas e afirmando que os agentes eram ‘vagabundos’ e que só eram homens porque estavam armados.
Diante da situação, retirei o EPI e o passei para o meu companheiro — que tem a mesma idade do cidadão — para tentar dialogar com ele. É importante lembrar que, durante a filmagem que foi enviada ao ‘Alô Juca’, a pessoa que estava gravando fez uma narração própria, totalmente desconexa dos fatos que realmente ocorreram.”*
E AGORA? CABE À SEMOP E À GUARDA MUNICIPAL AGIR
Diante de um ataque verbal agressivo, gravado, disseminado e distorcido publicamente, cabe agora à SEMOP e à Guarda Municipal abrirem um processo administrativo e ação indenizatória contra o responsável pela divulgação do vídeo com narrativa manipulada.
A pergunta que fica é simples, direta e juridicamente relevante:
Qualquer cidadão — seja idoso ou não — pode atacar verbalmente uma autoridade municipal no exercício de sua função?
Pode, Juca?
Porque desacato é crime — e idade não é salvo-conduto para desrespeitar agentes públicos, muito menos para tentar desmoralizar profissionais que defendem a ordem pública no município.

1 Comentários
Rapaz pela imagem que eu vi, o guarda civil está mentindo, pois na gravação eu observei que o guarda está alterado e entregou o seu armamento para brigar com o senhor que estava filmando de boa.
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