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PDDM 8 ANOS DE LUTA : O QUE MUDOU EM SIMÕES FILHO COM DIOGENES TOLENTINO (DINHA) !!!




Por Alberto de Avellar – 22 de agosto de 2025...


E eis que surge um lapso na minha linha do tempo na história de Simões Filho. Foi em 25 de agosto de 2011, após mais de dois anos de estudo a pedido do Governador do Estado, que se realizou um fórum de debates na Câmara Municipal de Simões Filho. Eu, Alberto de Avellar, como Presidente do Projeto Cultural Odara, um ícone em qualificação profissional na época,  fui convidado como palestrante para apresentar a proposta de implantação de um Polo de Qualificação Profissional voltado para jovens em situação de vulnerabilidade.

Naquele período, o município ocupava a vergonhosa posição de 27ª cidade mais violenta do Brasil. No entanto, em meio à palestra, alguém interrompeu minha explanação com a frase:

“Senhor educador, dispa-se de suas vestes de título internacional e venha conhecer as ruas de Simões Filho e a nossa realidade.”

E foi exatamente o que fiz. Apresentei meu relatório ao Governador e decidi morar em Simões Filho. E, de fato, não há maneira melhor de conhecer a realidade de uma cidade do que pelo seu sistema de transporte. Foi nesse contexto que, de forma irônica, ganhei o título de “Rei dos Clandestinos forasteiro”, dado por Orlando de Amadeu.

Por volta de 2012 e 2013, a pedido do Ministério Público, fui convocado a integrar a construção do PDDM – Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal. O formato seria tripartite: um membro do Legislativo (João Contador), um do Executivo (Paulo da Tupy) e um da sociedade civil organizada (eu, Alberto de Avellar, Binho do Quilombo e Dany do Terra Mirim). Foram dois anos e oito meses de pesquisas, audiências, fóruns e seminários até que, em 26 de agosto de 2016, o PDDM foi finalmente sancionado pela Lei nº 995/2016.

Como estávamos em período eleitoral, o PDDM e o Colegiado de Direitos Humanos e Cidadania só poderiam entrar em vigor em janeiro de 2017. Seria o encaixe perfeito para o projeto “Pensa Simões Filho”, do recém-eleito prefeito Diógenes Tolentino de Oliveira (Dinha). Eu disse seria… mas não foi. O então prefeito simplesmente nunca colocou o PDDM em prática. Resultado: a cidade mergulhou no caos administrativo e no abandono social, sustentada apenas em propaganda enganosa.

Após sofrer uma tentativa contra minha vida e ser perseguido enquanto atuava na ASCOM – Assessoria de Comunicação do Executivo, fui expulso do município, vivendo desde então em exílio político. Antes de partir, tive a oportunidade de conversar com Diógenes Tolentino, hoje conhecido como “o inominável, apaixonado por dinheiro e poder”, que me disse:

“Deus tem um propósito em sua vida…”

E de fato tem. Meu propósito é denunciar e mostrar ao mundo a triste realidade de corrupção, desvio de verbas públicas e abandono do povo em Simões Filho.

Hoje, a propaganda oficial insiste em falar de participação popular, mas na prática só há manipulação. Enquanto isso:

Na saúde, pessoas morrem nas filas e nos corredores do hospital;

Na educação, o atraso é profundo, com jovens sem perspectivas;

Na qualificação profissional, os cursos nunca saíram do papel;

No transporte, reina o caos;

Na infraestrutura, buracos e crateras se multiplicam como feridas abertas.


A verdade é que o PDDM foi ignorado deliberadamente para atender a interesses políticos e financeiros de um grupo que transformou Simões Filho em um palco de sofrimento popular.

E eu, com toda a minha história, reafirmo: Deus tem um propósito em minha vida — e ele é denunciar, sem medo, a farsa de um governo que traiu a esperança de um povo inteiro.

OBS. A imagem da Capa desta Crônica é uma Homenagem a Binho do Quilombo um dos construtores do PDDM,  que foi assassinado brutalmente por uma luta sem igual pela cidade de Simões Filho e sua comunidade Quilombola.



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