POR ALBERTO DE AVELLAR – ENTREVISTA EXCLUSIVA...
Que a cidade de Simões Filho, a 8ª maior arrecadação do Estado da Bahia, vive uma verdadeira crise existencial, ninguém pode negar. O povo — de onde emana o poder através do voto — perdeu a credibilidade nos homens públicos e até mesmo no Poder Judiciário, justamente por não compreender, muitas vezes, os meandros do ordenamento jurídico.
A crise política é fruto das denúncias e processos judiciais que hoje sacodem os alicerces da cidade. As ações de investigação, com destaque para as AIJE — por abuso de poder econômico e político e fraude à cota de gênero — podem levar à cassação de 9 vereadores e da chapa majoritária Del & Simone Costa, atual comando do Executivo, tendo como réu central o ex-prefeito Diógenes Tolentino Oliveira, o Dinha.
Mas não é só a política. A crise financeira também grita. Segundo investigações do Ministério Público, Dinha teria cometido desvios de recursos públicos, comprando votos e praticando atos de corrupção durante seus 8 anos de mandato. Para o seu sucessor, sobrou a chamada “herança maldita” — um rombo que atravessa as fronteiras do aceitável e ainda mantém de pé uma aliança política vendida como “em prol do povo”, mas que a população já sabe bem a quem serviu.
E, como consequência inevitável, a crise social veio com força. Saúde, educação, transporte, infraestrutura: tudo afetado por cofres vazios e pela incapacidade do poder público de gerir políticas que verdadeiramente promovam emprego e renda. É o povo que sofre — e sofre calado.
Foi nesse cenário que encontrei Jomar Paraki, conhecido como o “Mestre dos Magos” do empreendedorismo na BA-093. Seus empreendimentos, que juntos geram mais de 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos, se tornaram uma âncora de resistência diante do caos. Conversamos longamente, e ele me disse algo que ecoa:
CAIXA DE DESTAQUE – JOMAR PARAKI
“Amigo Avellar, existe tempo para tudo, e este é o momento de olhar para frente, não de buscar culpados. Não é hora de falar de campanhas passadas ou futuras. Hoje, Jomar Paraki é apenas um empreendedor com larga experiência, que entende ser mais necessário do que nunca gerar emprego e renda. O único caminho é trazer grandes empreendimentos e fortalecer os que já existem no município. Não é com o arrocho da carga tributária que vamos conseguir gerar empregos, renda ou atrair novos investimentos.”
Estive com ele nas comemorações dos 44 anos da MW Peças, empreendimento de sucesso sob a batuta do amigo e irmão Nilton Novaes e de Ivaneide Novaes. Ali, entre abraços e cumprimentos, encontrei o prefeito Del do Cristo Rei, vereadores, secretários e a primeira presidenta da Associação Comercial. A fala dela foi dura: o comércio local sangra. Pequenas, médias e grandes lojas estão fechando as portas. É o desemprego que bate na porta de cada família.
Jomar foi direto:
“Me coloco à disposição para discutir a geração de emprego e renda neste momento de crise. É hora de colocar Simões Filho de volta nos trilhos do desenvolvimento — para o povo, pelo povo e com o povo.”
O recado está dado: ou o poder público ouve quem produz, ou Simões Filho afunda de vez. O tempo de discursos acabou. Agora é hora de ação — de quem tem coragem de enfrentar a crise com trabalho e soluções reais.
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