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A CADA DIA QUE PASSA A SITUAÇÃO DO PREFEITO DELL SE COMPLICA.




Por Alberto de Avellar

28 de junho de 2025


Este blog é um espaço para crônicas políticas sérias. Por aqui, só comentamos fatos reais, com base em provas, documentos, leis e acontecimentos verificados. Não metemos a colher no angu dos outros sem critério — até porque ninguém quer acabar prestando depoimento na Polícia Federal por comentar a sujeira que anda escorrendo pelos becos da política local.

Hoje, volto a falar sobre Simões Filho, cidade baiana que ostenta o título de 8ª maior arrecadação do estado e o 10º maior PIB em produtividade sustentável. Conhecida como a “Terra do Favo e do Mel”, essa cidade guarda uma dura contradição: mais de 60% da população é composta por imigrantes que, infelizmente, em sua maioria, não têm vínculo afetivo com o município — mas sim com o lucro que ele pode oferecer. E nisso, a corrupção corre solta.


O Povo Sofre Enquanto os Poderosos Fazem Negócios

Os verdadeiros vilões dessa história são justamente aqueles que foram eleitos para representar o povo. A população caminha pelas ruas em busca de dignidade, emprego e renda, enquanto os representantes políticos parecem viver em uma realidade paralela.

É evidente que para alcançar desenvolvimento econômico real são necessários dois pilares fundamentais:

1. Empreendimentos privados – comércio, indústria, prestadores de serviços – que geram tributos e movimentam a economia.

2. Sistema de Mobilidade Urbana, com ênfase no transporte público coletivo – essencial para garantir o direito constitucional de ir e vir.

Sem transporte, não há economia que funcione. Sem acesso, não há desenvolvimento. Parece simples, mas em Simões Filho, essa lógica está completamente ignorada.


A Luta por um Transporte Digno

Há mais de 14 anos, venho acompanhando de perto o sistema de transporte da cidade, e não à toa fui apelidado de “Rei dos Clandestinos” — um título irônico, já que luto justamente contra o descumprimento da lei. Afinal, como bem determina a Constituição, cabe exclusivamente à União legislar sobre transporte e trânsito.

Em 2018, após uma batalha jurídica de mais de 6 anos — que infelizmente custou vidas — foi sancionada a Lei Municipal nº 1.048/2018, substituindo a inconstitucional Lei 536/97. Essa nova legislação trouxe regras claras para o funcionamento do sistema de transporte, incluindo a regularização dos táxis comunitários, os famosos “ligeirinhos”.

Contudo, até hoje essa lei não é respeitada. Os veículos que deveriam estar regularizados seguem marginalizados. Muitos dos que operam dentro da legalidade são tratados como criminosos, enquanto o sistema oficial é manipulado por uma máfia silenciosa.


A Máfia dos Alvarás e os Carros Fantasmas

Atualmente, o município possui mais de 800 alvarás de táxi. Mas pasmem: mais da metade desses alvarás está nas mãos de funcionários públicos, que os utilizam apenas para comprar carros com até 40% de desconto, sem jamais prestar serviço de transporte remunerado.

Na prática, os veículos viram carros de passeio para famílias de apadrinhados políticos, muitos nem sequer moram em Simões Filho. Enquanto isso, os verdadeiros motoristas — os que dependem do transporte para viver — seguem com veículos sucateados, fugindo da fiscalização como o diabo foge da cruz, tudo por conta do descumprimento sistemático da lei.


Obras Milionárias e Promessas Vazias

E o que dizer da tão prometida nova rodoviária municipal? A obra, orçada em R$ 22 milhões, já consumiu mais de R$ 18 milhões apenas com remoção de terra. O restante dos recursos simplesmente sumiu. A pergunta que não quer calar é: onde está o dinheiro? E mais importante ainda: para que uma rodoviária, se a cidade não tem sequer um sistema funcional de transporte coletivo?

A verdade é dura, mas necessária: Simões Filho está à beira de um colapso na mobilidade urbana, e os únicos que pagam essa conta são os trabalhadores e moradores da cidade.


Quando o Transporte Para, Tudo Para

A imagem de capa desta postagem serve como um lembrete direto ao prefeito DELL e a toda sua gestão: quando os profissionais do transporte param, a cidade para junto. Já vimos isso acontecer antes, e corremos o risco de ver novamente, caso a prefeitura siga ignorando os verdadeiros problemas e continue tratando com desdém quem realmente movimenta a cidade.


Conclusão:

A situação do prefeito DELL se complica a cada dia porque as promessas não se transformam em ações. A população não aguenta mais discursos. Querem dignidade, mobilidade e respeito. O transporte é a espinha dorsal do desenvolvimento urbano, e enquanto ele estiver quebrado, Simões Filho seguirá andando de marcha à ré

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