Meus nobres leitores, que a violência
urbana coloca a Bahia e principalmente a Região Metropolitana de Salvador no
topo do ranck nacional, novidade, não é novidade para ninguém para ninguém, e
automaticamente se torna pano de fundo para a politicagem, nosso editorial
solicitou um analítico técnico de quem realmente conhece a fundo a problemática
Sargento Santos.
ANALISE TECNICA NA
INTEGRA...
Problemas estruturais como
desigualdades, falta de oportunidades de emprego e vários outros direitos
básicos violados, são as principais causas da violência urbana que vivemos nos
dias atuais.
Infelizmente o poder público tenta
cobrir suas deficiências ou sua incapacidade de combater a violência urbana,
jogando as instituições de Segurança Pública contra a população pobre da
periferia, onde o fator "morte" é o carro chefe das suas ações,
levando a revolta da população que são obrigadas a realizarem manifestações
para que possam ser ouvidas.
Aproveitando-se das revoltadas sociais,
com intenção de se tornarem "Robin Hood" aos olhos das comunidades
esquecidas pelo Estado, o "poder paralelo do tráfico de drogas"
aproveita para queimar ônibus coletivos e fechar vias, causando o caos nos
bairros da cidade.
Se matar fosse a solução para a
violência urbana e o nítido fracasso das políticas públicas do Estado, já
teríamos controlado a violência, mas é cada vez mais verdadeiro o ditado que a
"violência gera mais violência".
Medidas imediatas devem ser aplicadas
para combater a violência como:
Reescrever e fortalecer as nossas
Leis;
Fortalecer as Corregedorias Policiais;
Fortalecer os Serviços de Inteligência
Policial com um efetivo maior e sistemas modernos de tecnologia;
Reformar o sistema prisional, bem como
fazer a privatização dos presídios que hoje na sua maioria apenas servem como
"escola do crime" e também para lavagem de dinheiro do Estado, pois é
notório que os presídios com seus gastos superfaturados são um "cofre
aberto" para a corrupção;
Fazer realmente funcionar o
"Policiamento Comunitário", que nitidamente mostra ser frágil e sem
muita serventia, pois a sua principal meta seria aproximar o policiamento da
comunidade, mas perderam sua essência;
Melhorar os centros de formações
policiais que hoje não contam com estruturas adequadas, equipamentos modernos e
principalmente não valorizam seus instrutores e monitores, que trabalham com
baixas remunerações que não suprem nem mesmo a alimentação e o transporte;
Dar aos verdadeiros heróis da sociedade (Policiais) condições dignas de trabalho, com estruturas e equipamentos adequados, bem como melhorar significativamente os seus salários, pois se trata de trabalhadores que colocam todos os dias as suas vidas em risco para defender a sociedade.
Texto na
integra de Erivaldo dos Santos (Sargento Santos) - Cientista Político
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