Por Alberto de Avellar – Nesta quinta-feira (27), Simões Filho — a já consagrada cidade icônica dos absurdos — foi palco da entrega da Medalha José Honorato, a mais alta honraria concedida pelo município a 16 casais que se destacaram ao longo de suas trajetórias por serviços de relevância ao desenvolvimento social em diversas áreas.
Sem sombra de dúvidas, foi uma noite de gala e muito glamour, digna dos grandes espetáculos hollywoodianos. O tradicional Tapete Vermelho foi substituído pelo inovador “Tapete da Onda Azul Simõesfilhense”, compondo o clima de festa digna de premiações internacionais.
Assim como ocorre nas grandes cerimônias, o evento foi destinado a um público seleto, criteriosamente escolhido. Já a “massa”, aquela mesma que costuma ser chamada para compor a narrativa da “ampla participação popular na vida pública”, ficou do lado de fora — literalmente — observando tudo à distância, atrás dos altos muros da casa de eventos. Enquanto isso, os convidados especiais se deliciavam com discursos políticos e mais discursos, sempre embalados pelo velho refrão: “Do povo, para o povo, pelo povo” — todos, ironicamente, de bico seco.
Lá fora, os Zés e Marias Aruelas — desta vez não convocados para “encher a plateia” como em outros eventos públicos — recorreram às redes sociais e, principalmente, aos grupos de WhatsApp para expressar toda a indignação. Os comentários pipocaram:
“Olha como pode! Esses três traidores, que quase desempregaram pai de família que deu a cara a tapa para eleger Del e Simone, foram convidados… e eu fui barrado no baile!”
“Abre o olho, Del! Essa gente vai trair você como traiu Dinha!”
E como Simões Filho é, sem sombra de dúvida, a cidade icônica dos absurdos, às mensagens indignadas seguiam-se fotos dos supostos “traíras”, em mais um capítulo do folclore político local.
No meio de tudo isso, pouco — ou quase nada — se comentou sobre quem eram os casais realmente homenageados com a Medalha José Honorato e qual a real importância dessa honraria para a sociedade simõesfilhense.
E assim segue Simões Filho:
um “Novo Tempo” com velhos hábitos.
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