Crônica da Semana - Por JFB ....
Se a fraude eleitoral já não fosse suficiente, outro escândalo emergiu. A Lei 1.122/2019 prevê R$ 724,00 mensais para cada jovem vereador. Mas, como num passe de mágica, contratos baseados em decreto antigo reduziram o valor para R$ 405,00.
A conta não mente: um prejuízo mensal de R$ 6.061,00 para o grupo de 17 jovens vereadores, ou R$ 48.488,00 ao longo do mandato simbólico.
E, quando a denúncia veio à tona, o presidente da Câmara, Itus Ramos, preferiu a cartilha da intimidação:
“Desiste, Ruan, pensa no futuro. Um carguinho na Prefeitura pode render até R$ 3.000,00”.
Assim se escreve a cartilha do continuísmo.
Merenda Escolar e Fardas Velhas...
Enquanto isso, nas escolas, mães e pais denunciam a humilhação: crianças voltando para casa com fome, merenda de má qualidade e falta de respeito com quem mais precisa.
E, para coroar, no desfile de 7 de Setembro, nada de fardamento novo. A ordem veio direta:
“Diretores, digam aos alunos para reaproveitar as camisas velhas”.
Mas para os poderosos, houve buffet milionário, salgadinhos finos e refrigerante geladinho. O patriotismo desbotou no corpo das crianças, mas brilhou nas selfies da arquibancada VIP.
Câmara ou Coliseu?
Como se não bastasse, o plenário da Câmara se transformou em palco de luta livre. O vereador Moisés quase foi às vias de fato com Genivaldo Lima. Só faltou o juiz anunciar o round 2.
O povo já chama de “Coliseu pão e circo”, onde gladiadores trocam insultos enquanto a cidade desmorona.
O Turismo Jurídico de Del...
E para fechar a semana com chave de ouro: o advogado do prefeito Del conseguiu adiar a audiência da AIJE alegando uma viagem de turismo internacional previamente comprada.
O juiz Leonardo Tenório, com caneta benevolente, aceitou o pedido...
Resultado: a audiência foi remarcada para 07 de outubro. Enquanto a população aguarda justiça, a defesa brinda com vinho europeu em terra estrangeira.
O Prenúncio do Colapso...
Professores desmotivados, escolas sucateadas, vereadores acuados e uma gestão perdida em suas próprias contradições.
O julgamento das cotas de gênero, marcado para os próximos dias, pode ser o ponto de virada. Ou será apenas mais um capítulo de impunidade?
Simões Filho está no fio da navalha: entre a chance de renovação e o risco de afundar ainda mais no lamaçal político do continuísmo.
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