Por Alberto de Avellar... 11 de setembro de 2025 é um dia histórico. Mas, como bons cristãos tementes a Deus, devemos compreender este capítulo como a primeira parte de uma longa história.
Depois que Caim matou seu irmão Abel, o silêncio da terra se tornou insuportável. O eco do sangue derramado clamou da terra, e o rosto do Senhor Deus se desviou dele. Caim, marcado pela culpa e pelo castigo, deixou a presença de Deus com a alma dilacerada e abatido por dentro. Porém, o orgulho endurecia seu semblante. Seu coração era um campo de batalha: de um lado, sentia o remorso; do outro, o peso de sobreviver longe do olhar divino. Por gerações, seus descendentes vagaram sem destino, afastando-se cada vez mais de Deus.
Até que o Senhor, cansado de ser rejeitado por aqueles que criara à sua imagem e semelhança, decidiu dar uma nova oportunidade à humanidade: enviou o dilúvio, exterminando homens, animais e plantas, permitindo apenas que Noé, descendente de Adão, sobrevivesse para repovoar a terra prometida.
O que se aprende com essa história bíblica das gerações dos Nephilim (significado Gigantes caídos) é que não devemos blasfemar ou usar o Santo nome de Deus em vão. O castigo divino pode demorar gerações, mas um dia sempre chega.
Em Simões Filho, até novembro de 2023, a "Boa Terra de Gente Boa" vivia momentos de paz e até mesmo de algum desenvolvimento sob a administração do ex-prefeito Diógenes Tolentino (Dinha), que ostentava alarmantes 91% de aceitação popular. Porém, impedido pela lei de se candidatar, precisava apresentar à sociedade simõesfilhense um sucessor.
E, tal qual Caim e seus descendentes, afastou-se da presença de Deus, ao blasfemar e usar o nome do Senhor em vão, ao alardear que tinha uma linha direta com Ele via WhatsApp e que fora revelado o “Escolhido Divino, o Milagre da Política”: seu sucessor, o “Pequeno Gigante do Cristo Rei, Devaldo Soares”, ladeado por seus 17 apóstolos (vereadores) que dariam continuidade ao seu legado da Terra Prometida.
E o povo, como ovelhas caladas e amordaçadas, seguiu para um rio de lama conduzido por pastores ditos religiosos, mas sem Deus em seus corações...que venderam seus votos por migalhas !!!
Após o pleito eleitoral de outubro de 2024, a verdade nua e crua começou a surgir através de milhares de denúncias contra o “bom pastor” Diógenes Tolentino (Dinha) e seu clã: processos de corrupção, desvios de dinheiro público, abuso de poder econômico e político e a fraude de cota de gênero inundaram os tribunais, levando o ex-prefeito Dinha, seu sucessor Del do Cristo Rei e Simone Costa ao desconfortável banco dos réus.
E nesta quinta-feira (11), quem estará diante do julgamento serão os 9 vereadores beneficiados pela fraude de cota de gênero, com a possibilidade de cassação de seus mandatos — ainda que, em meu ponto de vista, não sejam os verdadeiros culpados. O grande mentor e maestro da fraude foi o ex-prefeito Diógenes Tolentino (Dinha), que, com plena certeza, sairá deste julgamento completamente ileso pela justiça dos homens.
Mas a cidade de Simões Filho já começa a entender que, para fazer um omelete, é preciso quebrar os ovos; e que, para acabar com o mal, é necessário um verdadeiro dilúvio, a fim de que se tenha a oportunidade de recomeçar.
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