Por Alberto de Avellar - Para fugir a obrigação de fazer do concurso publico para a Guarda Municipal o ex-prefeito Diógenes Tolentino (Dinha) criou o Grupo Tático Operacional com Poder de Policia totalmente Inconstitucional e Paralelo aos ditames legais...
Simões Filho volta a ser manchete por conta de mais um desmando herdado da gestão do ex-prefeito Diógenes Tolentino, o Dinha. Criado sob sua administração, o chamado GTO (Grupo Tático Operacional) nasceu sem qualquer respaldo legal como parte da Guarda Civil Municipal (GCM), mas foi vestido e projetado para aparentar ser uma tropa oficial.
O Que Era Para Ser Apoio, Virou Confusão...
Segundo o próprio comandante da GCM, José Dias, o GTO teria sido formado apenas para dar “apoio” à Guarda, sem poder de prisão, sem autorização para portar armas de fogo e sem vínculo formal. Em suas palavras, tratava-se de um reforço composto por ex-militares e homens vindos da área de segurança, mas sem enquadramento legal como guardas municipais.
Na prática, no entanto, o grupo atuava uniformizado, ostentando símbolos da GCM e simulando autoridade pública, o que gerou inúmeras críticas e insegurança jurídica.
O Flagrante Que Expôs a Ferida...
O problema ganhou contornos mais graves quando, em operação da PMBA (Esquadrão Fênix), um veículo foi interceptado em Lauro de Freitas, portando:
• Duas pistolas (uma registrada e outra em nome de terceiro);
• Grande quantidade de munições de calibres restritos;
• Um colete balístico supostamente adquirido da Guarda Municipal de Simões Filho de forma irregular;
• Giroflex e brasão de agente.
A ocorrência, registrada como porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, levantou suspeitas sobre como materiais da GCM teriam ido parar em mãos indevidas, conectando novamente o nome de Simões Filho a um esquema de improviso e falta de fiscalização herdado da era Dinha.
O Legado de Dinha e o Dilema de Del...
O GTO nunca foi regulamentado por lei municipal, tampouco reconhecido como força de segurança oficial. Foi, de fato, um grupo paralelo criado pela vontade política do então prefeito Dinha, que preferiu montar um aparato simbólico de poder em vez de fortalecer institucionalmente a GCM.
Agora, cabe ao atual prefeito Devaldo Soares (Del) decidir:
• Vai dar continuidade a essa prática irregular, legitimando um grupo sem respaldo jurídico que já foi citado em ocorrência policial?
• Ou terá coragem de encerrar o ciclo de improviso e investir de fato na Guarda Civil Municipal, com concursos, treinamentos e estrutura legalmente constituída?
O Futuro da Segurança Municipal...
A população de Simões Filho tem o direito de saber: quem responde pelo uso de símbolos e equipamentos da GCM em mãos de particulares? Como explicar que coletes da corporação estejam circulando fora do controle oficial?
Enquanto as perguntas ficam sem resposta, a herança de Dinha continua assombrando a cidade. E a dúvida que ecoa nos corredores da política local é simples: Del será cúmplice desse legado ou finalmente colocará ordem na casa?

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