Por Alberto de Avellar - 07 de agosto de 2025 ....Isto é denuncia ou sátira....
Parece até brincadeira, mas é a triste realidade de Simões Filho.
Enquanto nove vereadores comemoram a decisão judicial de primeira instância que julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por fraude à cota de gênero — decisão essa que, segundo fontes do Ministério Público, será objeto de recurso pela destemida Promotora de Justiça junto ao TRE-BA —, a população agoniza nos corredores de um sistema de saúde falido.
Eis que ganha repercussão nacional a notícia de um idoso que fugiu do Hospital Municipal de Simões Filho com medo de morrer. Isso mesmo: com medo de morrer! O motivo? Os péssimos serviços prestados pela Secretaria Municipal de Saúde, hoje administrada por uma estrutura terceirizada que virou sinônimo de abandono: a temida Fabamed, contratada ainda na gestão do ex-prefeito Diógenes Tolentino, o “Inominável”, e mantida pelo atual prefeito Del, o “Meio Fio”.
É revoltante constatar que as denúncias contra o hospital são praticamente diárias: falta de médicos, remédios vencidos, demora no atendimento, equipamentos quebrados, pacientes largados em macas, sem qualquer dignidade. Ainda assim, os vereadores — que deveriam exercer o papel de fiscalizadores do Executivo — seguem no mesmo e velho refrão da “Câmara do Amém”: está tudo bem, vamos pra cima!
Para os edis, a saúde pública não merece palanque, nem discursos inflamados. Preferem festejar sentenças judiciais parciais, do que enfrentar a dura realidade de um povo que morre à míngua. A omissão é cúmplice. E o silêncio, criminoso.
É inadmissível que, em pleno 2025, um cidadão idoso precise fugir de um hospital por temer perder a vida dentro da unidade de saúde pública de sua cidade. Uma cidade que, vale lembrar, está entre as dez maiores arrecadações da Bahia — mas onde falta até dipirona para os mais pobres.
Quem vai responder por esse crime?
A Fabamed? O prefeito Del? O ex-prefeito Dinha, que firmou o contrato milionário com a OS? Ou todos eles?
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