Por Alberto de Avellar - Redação Investigativa....
Simões Filho (BA) – O Mercado Municipal de Simões Filho, inaugurado como símbolo de desenvolvimento e progresso, completa três anos como um dos maiores fracassos da gestão pública recente. Custou R$ 15 milhões aos cofres públicos e hoje é visto por permissionários e usuários como um elefante branco: boxes vazios, banheiros imundos, baixa movimentação e denúncias de apadrinhamento político.
As denúncias: o retrato do abandono...
Em visita ao local, nossa reportagem constatou que a maior parte dos boxes permanece fechada. Os comerciantes que ainda resistem reclamam da falta de clientes, infraestrutura precária, ausência de segurança e transporte público ineficiente.
“Aqui só tem box pequeno, não tem lojas grandes que tragam clientes. É desorganizado e abandonado”, "no passado meu filho foi para a faculdade e eu tinha dinheiro para pagar, hoje corro atrás de agiotas para comprar mercadoria que não vende disse uma comerciante", que pediu anonimato.
Usuários também denunciam que os banheiros estão constantemente sujos e sem manutenção, e que o mercado não tem estacionamento adequado nem atrativos que justifiquem a visita.
APADRINHAMENTO POLÍTICO...
Segundo permissionários, muitos boxes foram distribuídos a apadrinhados do ex-prefeito Diógenes Tolentino, o “Inominável Dinha”.
“Não houve critério técnico. Quem tinha ligação com políticos conseguiu espaço. Quem realmente precisava, ficou de fora”, revelou um comerciante.
Essa denúncia reforça a percepção de que o mercado foi usado como moeda política durante a gestão anterior, em vez de ser planejado para atender ao comércio e à população.
AS 5 PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES DOS COMERCIANTES...
1. Transporte público ineficiente – Dificuldade de acesso ao mercado, sem linhas integradas.
2. Banheiros em péssimas condições – Falta de manutenção e limpeza constante.
3. Boxes minúsculos e mal distribuídos – Estrutura que impede a instalação de grandes lojas âncoras.
4. Apadrinhamento político – Espaços entregues com favorecimento a aliados do ex-prefeito.
5. Falta de segurança e atratividade – Ausência de estratégias para atrair clientes e movimentar o comércio.
Linha do tempo: 3 anos de promessas e abandono...
2022 – Mercado Municipal inaugurado com promessa de ser “o maior centro comercial da cidade”.
2023 – Primeiras denúncias de boxes vazios e queda na movimentação.
2024 – Comerciantes denunciam má administração e falta de segurança.
2025 – Três anos depois, mercado continua sem planejamento, com boxes vazios, banheiros precários e denúncias de apadrinhamento.
O contexto político: cidade em ebulição...
Enquanto comerciantes e usuários sofrem com o abandono do Mercado Municipal, Simões Filho enfrenta uma crise política sem precedentes.
No próximo 13 de agosto, serão ouvidas as testemunhas do processo que apura abuso de poder econômico e político na eleição municipal, que pode levar à cassação da chapa majoritária Del & Simone Costa. Paralelamente, seguem as investigações sobre fraudes em cotas de gênero, que podem resultar na cassação de nove vereadores.
No centro dessas investigações está a “destemida” promotora de Justiça, que, após ser difamada com palavras de baixo calão, direcionou ações contra o ex-prefeito Diógenes Tolentino, acusado de corrupção, abuso de autoridade e desvio de verbas públicas.
Conclusão...
O que deveria ser um polo de negócios e empregos se tornou um mercado fantasma de R$ 15 milhões, símbolo de má gestão, apadrinhamento e promessas não cumpridas.
Enquanto os gestores se defendem nos tribunais, quem paga a conta desse fracasso milionário é a população de Simões Filho, que segue sem respostas sobre o futuro do empreendimento.
Você é comerciante ou usuário do Mercado Municipal?
Envie sua denúncia ou relato para nossa redação. Vamos continuar mostrando a verdade que tentam esconder.
0 Comentários