Por Alberto de Avellar – 26 de agosto de 2025...
Passaram-se as campanhas de 2020, 2022 e 2024, e agora a de 2026 já bate à porta dos moradores dos maiores conjuntos residenciais de Simões Filho: os “Minha Casa, Meu Buraco da Minha Vida” — Alvorada e Ipitanga. E, como em um ciclo interminável, a família do Dom Ratonete Tolentino, também conhecido como “O inominável apaixonado por poder e dinheiro”, volta a bater nas portas pedindo votos. Sempre com a mesma ladainha: “Amanhã estarei mandando as máquinas para resolver o problema”.
Mas o amanhã nunca chega. E os buracos continuam engolindo as ruas, a dignidade e a paciência de milhares de famílias.
Síndicos de peso político...
Não é por falta de articulação política ou influência dos síndicos, figuras centrais na famosa “Aliança pelo bem do Povo” — ou, como chamam ironicamente, “Terra Boa de Gente Boa”.
A síndica do Residencial Ipitanga é nada menos que irmã da atual vice-prefeita Simone Costa, ex-secretária de Governo do próprio Dom Ratonete Tolentino.
Já o síndico do maior residencial, com mais de 4 mil moradores — um colégio eleitoral capaz de eleger sozinho dois vereadores — é Antônio Dias, conhecido como Toinho do Alvorada. Um velho conhecido da política simõesfilhense:
• Ex-diretor do Hospital de Simões Filho (quando ainda não havia o caos instalado pela atual “Rainha da Sucata”, (Iridan Brasileiro).
• Ex-superintendente do SINE, em tempos em que Simões Filho ainda gerava emprego e renda.
• Candidato a vereador em 2024, e agora com forte atuação em esporte, cultura, lazer, saúde e ações sociais nos residenciais.
Denúncias que acabam em pizza..
Toinho do Alvorada já denunciou no Podcast Pod Pensar, dos anfitriões Eddy Carvalho e Wilson Araújo, o abandono que se perpetua nos residenciais. Mas, como sempre acontece em Simões Filho, denúncias não dão em nada. Viram pizza. Até a Justiça fecha os olhos e magistrados simplesmente sentam em cima dos processos contra o poderoso clã do Dom Ratonete Tolentino, o inominável que só respira dinheiro e poder.
O povo entre a fome e os buracos...
E o povo?
No período eleitoral, acostumado ao descaso e à fome, acaba vendendo o voto. Afinal, entre o buraco na porta de casa e dormir debaixo da ponte, muitos escolhem o primeiro — como se fosse um mal menor.
A verdade é que os residenciais Alvorada e Ipitanga, que deveriam ser símbolos de dignidade pelo programa habitacional, transformaram-se no retrato mais cruel do abandono: conjuntos que mais parecem crateras humanas, onde cada promessa não cumprida cava ainda mais fundo o buraco da esperança.
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