Por Alberto de Avellar – 02 de setembro de 2025
“Avellar, Deus tem uma missão em sua vida” — declarou Dinha em suas mensagens proféticas.
Pois bem, hoje tenho a certeza mais do que nunca desta profecia. Assim como quando Nel da Vida Nova deixou escapar, em áudio que já circula pelas redes sociais, que o senhor Alisson Ramos — o mesmo que transformou minha vida em um verdadeiro inferno — só agia a mando de Dinha. Ou seja, o ex-prefeito era o maestro por trás dos ataques que me levaram ao exílio político, longe de casa, da família e dos amigos, vivendo em condições subumanas, sem tratamento médico e sob perseguição constante.
Mas, como Deus é o grande mestre da justiça, os injustiçados começam a ver a verdade vir à tona. Os esquemas de corrupção e desvio de verbas públicas agora são denunciados com provas robustas e inquestionáveis — a ponto de até o Poder Judiciário se mostrar abismado com o modus operandi de uma verdadeira organização criminosa comandada por um único nome. Nome este que, embora esteja sentado no banco dos réus, não poderá ser julgado e condenado pelas duras penas da Justiça Criminal em razão das limitações da Justiça Eleitoral. Assim, seus crimes podem, infelizmente, passar em brandas nuvens.
O esquema revelado...
Os desvios de verbas públicas seguem um roteiro grotesco, mas extremamente eficiente: emissão de notas falsas de combustível para veículos sucateados no “cemitério de veículos” do galpão municipal; contratos milionários envolvendo convênios da administração do hospital; aquisição de medicamentos onde chega a nota, mas a caixa vem vazia; distribuição irregular de merenda escolar; funcionários fantasmas que não sabem sequer localizar Simões Filho no mapa; contratos bilionários para obras, recapeamento de ruas, praças, limpeza de canais e infraestrutura — todos já sob investigação ou judicialização.
Mas nada é tão alarmante quanto a tentativa de obter lucro até mesmo sobre um dos maiores e melhores programas voltados para a juventude: o “Jovem Vereador”.
Jovens enganados e coagidos...
Em denúncia feita por um dos participantes do programa, durante entrevista concedida a Jackson Bonfim, no programa Bahia Destaque transmitido pela Rádio Jacuípe FM, foi revelado que os jovens assinam contratos no valor de R$ 724,00 como ajuda de custo, mas na prática recebem apenas R$ 405,00 mensais — quando recebem. E, ao questionarem, sofrem coação:
“Se denunciar, está fora do Programa. Você quem sabe.”
A farsa salarial...
Neste mesmo esquema de corrupção, eu próprio posso ser considerado mais uma vítima do sistema que assola Simões Filho há, no mínimo, 8 anos — herdado do governo anterior e mantido pelo atual.
Minha carteira profissional, assinada pelo município, registra a função de Dirigente Técnico de Serviços Públicos, cujo piso salarial nacional é de R$ 7.440,00 mensais. No entanto, na prática, recebo apenas R$ 2.010,00, somado a algumas gratificações de 100%.
Diante desta fraude, ajuizei um Mandado de Segurança, remédio constitucional que hoje repousa na morosa Vara da Fazenda Pública, atolada em mais de 8 mil processos. O caso, inclusive, já foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Até quando?
A pergunta que não quer calar é: até quando a sociedade simõesfilhense terá que conviver com esse tipo de esquema de corrupção e com o desvio de verbas dos cofres públicos?
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