Por Alberto de Avellar – 27 de agosto de 2025 ...
Esta série de crônicas é de utilidade pública. O povo de Simões Filho tem o direito de conhecer a realidade que assola os moradores dos conjuntos residenciais. Todos os dias, recebemos em nosso editorial vídeos, fotos e áudios enviados por colaboradores que vivem o drama diário de uma cidade esquecida pelo poder público.
Desta vez, o alerta vem do Conjunto Habitacional Simões Filho 1, situado no Distrito, conforme definido pelo PDDM – Lei 995/2016. Um bairro que abriga mais de 10 mil moradores, número suficiente para eleger de cinco a dez vereadores, mas que sobrevive em condições subumanas.
A Rua L é o retrato cru desse abandono: moradores convivem com ratos, lixo espalhado, buracos que se multiplicam a cada chuva, iluminação precária, escolas deterioradas, um posto de saúde sem médicos, sem remédios e com portas abertas apenas para manter a fachada. O esgoto corre a céu aberto, as bocas de lobo estão entupidas, o mato invade calçadas e vielas.
O sistema de transporte, que deveria garantir o direito de ir e vir, simplesmente não existe. A comunidade depende exclusivamente dos guerreiros conhecidos como , “ligeirinhos” que arriscam sua própria sobrevivência para transportar dignamente a população, enquanto aguardam uma regulamentação que nunca vem.
Esse é o retrato cruel do Conjunto Residencial mais antigo de Simões Filho, símbolo de promessas eleitorais esquecidas e da falta de compromisso com o bem-estar de milhares de famílias.
Até quando o poder público fechará os olhos para esse cenário de miséria e abandono?
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