Colunista JFB - texto originário rompendo alianças...
Logo após o pleito, a imagem do “escolhido” começou a ruir. No dia 08 de outubro de 2024, o Ministério Público ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), acusando a chapa de abuso de poder político e econômico. Como se não bastasse, outra ação, esta por fraude à cota de gênero, também foi protocolada — com provas contundentes. Um fato inédito na história política de Simões Filho.
A pergunta que ecoa desde então, na boca do povo, nos bastidores da política, nas rodas de conversa, é simples e desconcertante: Deus participa de crimes e fraudes eleitorais? A resposta é clara. Não.
Na prática, a gestão de Del começa engessada. O novo prefeito, ao assumir o cargo, encontra-se limitado por acordos firmados com o ex-gestor. Cerca de 90% dos secretários municipais foram indicados por Diógenes, o que na prática impede a autonomia administrativa e a formação de uma equipe leal à nova gestão. A máquina permanece nas mãos do velho comando, enquanto Del, isolado, tenta se encontrar.
Não demora para que os primeiros assessores nomeados por Del comecem a perceber irregularidades: desvios de recursos públicos, contratos suspeitos, pagamentos sem contrapartida de serviço. O nome de Diógenes aparece em tudo. Um assessor chega a alertar: “Senhor prefeito, se assinar, o senhor vai assumir crimes que não cometeu.” O prefeito então designa o procurador do município para levantar todos os contratos e processos de pagamento. É nesse momento que começam os desentendimentos.
Em reuniões tensas — convocadas por Diógenes e pela vice-prefeita — Del afirma, com ar de surpresa e indignação:
“Eu não sabia de nada disso. Eu não posso pagar se não há obra feita ou serviço prestado.”
Mais de uma vez, Del confidenciou a pessoas próximas que nunca chamou o ex-prefeito para reunião alguma, apenas atendeu a convites, por educação política. Disse ainda que, após o levantamento da “herança maldita”, pretendia confrontá-lo com os números. Até agora, essa reunião nunca aconteceu.
Os sinais de rompimento foram ficando mais evidentes. Em declarações públicas recentes, Del deixou claro:
“A eleição passou, a política passou. Eu não tenho paixão por político nenhum. Agora é hora de fazer gestão. Eu não tenho paixão nem por partido político. Por mim, nem existiria. A missão agora é cuidar de pessoas.”
Palavras fortes. Mas no fundo, soam como um grito solitário de alguém que não governa plenamente.
A verdade é que a cidade vive um caos administrativo. Secretários que deveriam servir ao povo obedecem ordens veladas do ex-prefeito. O atual gestor é visto como ausente, distante, incapaz de tomar decisões — impressão reforçada por vereadores, que se queixam da falta de diálogo. “Ele só sorri e desaparece”, dizem. A maioria já sabia que Del não tinha perfil de liderança. Foi escolhido justamente por isso — seria mais fácil de manobrar, pensavam.
Mas o resultado das manobras de Diógenes veio à tona com força. O vereador Genivaldo Lima revelou o rastro de destruição: uma gestão anterior que gastou cerca de quatro bilhões de reais e ainda deixou um rombo de mais de trezentos milhões em dívidas e empréstimos. Enquanto isso, a saúde pública agoniza, a educação desestrutura-se, o transporte colapsa e diversos serviços essenciais estão à míngua.
A cidade assiste perplexa. E se pergunta: Valeu a pena, Diógenes? Todo esse esquema, essa ambição desmedida, essa manipulação — tudo isso valeu a pena?
Mais capítulos virão. Nos próximos meses, novas denúncias devem emergir. A máscara do “escolhido de Deus” já caiu, e a justiça dos homens está em movimento. Para os que têm fé, resta apenas a certeza: a justiça divina não tarda e não falha.
Enquanto isso, Simões Filho espera — por verdade, justiça e, acima de tudo, por dias melhores.
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