Por Alberto de Avellar - 08 de Setembro de 2025...
Simões Filho vive mais um drama na saúde pública. Desde a última quarta-feira, a senhora Dionísia Barbosa Lacerda encontra-se internada na UPA do CIA 1. Segundo os médicos que a acompanham, seu quadro exige urgência: um cateterismo precisa ser realizado imediatamente. Contudo, ao invés de encontrar acolhimento e agilidade, a família denuncia descaso e negação de direitos.
A filha, Rita Lacerda, acusa a secretária Iridan Brasileiro e as assistentes sociais da unidade de se negarem a fornecer o espelho do relatório da regulação — documento fundamental para que a paciente seja transferida e receba o tratamento adequado. “Eles estão impedindo minha mãe de ser regulada. Estão negando um direito básico, que pode custar a vida dela”, desabafa a filha, entre lágrimas e indignação.
A situação expõe, mais uma vez, o colapso do sistema de saúde em Simões Filho. A paciente, frágil e dependente de cuidados urgentes, encontra-se à mercê da burocracia e da falta de sensibilidade de gestores e profissionais que deveriam proteger vidas. Enquanto isso, o tempo corre contra Dionísia.
A pergunta que ecoa é simples e ao mesmo tempo devastadora: até quando a vida de uma mãe, de uma cidadã, será tratada como número, como peso, como incômodo?
Este não é apenas um caso clínico. É uma história de luta, de dor e de dignidade sendo negada. Cada minuto de espera é uma ferida aberta no coração da família e um retrato cruel da negligência que marca a saúde pública do município.
Que este clamor não seja em vão. Que as autoridades de saúde despertem para a urgência do caso. Que a senhora Dionísia Barbosa Lacerda não se torne mais uma vítima esquecida nas estatísticas.
A vida não pode esperar.

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