Por Alberto de Avellar – 12 de agosto de 2025 – SUSTENTABILIDADE
Enquanto a ordem mundial foca na produção, no agronegócio e na agricultura familiar para fomentar a geração de emprego e renda, Simões Filho, com seus mais de 197 km² de área territorial — sendo mais de 30% de área de proteção ambiental, ideal para agricultura familiar e piscicultura — continua com uma população que necessita desesperadamente de oportunidades de trabalho, enquanto os cofres públicos vivem de arrecadação.
Na prática, o município sobrevive de publicidade vazia: congressos, seminários, eventos, audiências e muito blá-blá-blá, sem resultados concretos.
Em 2030, ou seja, daqui a cinco anos, teremos a “Agenda 2030” da ONU para a Sustentabilidade — um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Esse projeto busca também fortalecer a paz universal com mais liberdade, reconhecendo que a erradicação da pobreza em todas as suas formas, inclusive a extrema, é o maior desafio global e requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Enquanto isso, a administração pública brinca de ser gestora da proteção ambiental. A agricultura familiar se resume a uma “casa de farinha móvel” que aparece apenas para tirar selfies com o político da vez.
A saúde é uma vergonha, com inúmeras queixas diárias nas redes sociais. A educação sofre com problemas graves: recentemente, alunos universitários perderam um semestre por falta de transporte. Aliás, falar de transporte em Simões Filho é como falar do descobrimento da roda — simplesmente não existe. Trabalhadores são literalmente explorados, sem qualquer direito garantido.
A infraestrutura e o saneamento básico estão envolvidos em constantes escândalos de corrupção e desvio de verbas. Na segurança, enquanto outros municípios investem em Guardas Municipais modernas, com equipamentos e treinamento de qualidade, Simões Filho conta com apenas 49 homens, na maioria aposentados, sobrecarregados e sem condições adequadas para atuar.
Mas enquanto aguardamos a tão prometida Agenda 2030, não faltam políticos se autopromovendo através de veículos de comunicação comerciais e institucionais, que se vendem por salários de miséria para criar fake news e maquiar a realidade de uma população que vive à margem da pobreza — e cuja maior parte sobrevive graças a salários pagos pelo Poder Legislativo ou Executivo.
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